Produção de Alimentos X Segurança Sanitária

17 de mar. de 2011
Como Médico Veterinário e funcionário da Agência IDARON me declaro um apaixonado pela produção de alimentos. Qualquer nação para ser forte precisa ser forte na produção de alimentos. Qualquer nação para ter Paz precisa ter acesso a alimento de qualidade. Essa retórica serve para qualquer aspecto positivo de uma nação, pois pode-se ter todos os tipos de riqueza, mas a única riqueza que indispensável é o alimento.

Um grande governante é aquele que assume essa questão com responsabilidade, ou seja, como uma questão de Estado, já que a população às vezes não tem essa consciência, apesar de não suportar a fome. As políticas nessas áreas apesar de muitas vezes silenciosas são extremamente estratégicas. É como o ar que respiramos, às vezes não lembramos sua importância, mas está ali, se faltar morreremos. Nesse sentido, certo dia um grande Rei, depois de uma praga que dizimou sua produção, no alto de seu desespero, declarou:

“Feliz a nação que possui solos férteis e PROTEGIDOS”.

A produção de alimentos traz responsabilidades, pois não importa só ter mais é preciso ter mais e com mais QUALIDADE.

Hoje o Estado de Rondônia tem essa grande oportunidade. Temos que conceber um grande projeto onde a produção deve ser cercada de garantias para que possamos alcançar mais mercados e cada vez mais exigentes.

Produtos cárneos (bovina, ovina, suína, frango, sem falar no nobre pescado), produtos Lácteos (leites, queijos e lácteos em geral) grãos (soja, milho, feijão, arroz…), ovos e outros produtos agropecuários, sem falar nas maravilhas ainda pouco exploradas da floresta, são verdadeiras riquezas de um estado como o nosso. E ainda no bojo desses produtos devemos citar a indústria, as tecnologias de produção, as fábricas de ração, o comércio, a ciência e a tecnologia a geração de emprego e renda, ou seja, toda Cadeia Produtiva.

Tudo isso pode ser exportado, pode ser vendido pode atrair investimentos e mais qualidade de vida a todos.

Se compararmos os investimentos no setor primário de grandes nações, como os Estados Unidos e a China, veremos que mesmo sendo estes países detentores dos maiores parques industriais do mundo, estas nações nunca deixaram de investir fortemente no setor primário. Isso é óbvio, imaginemos os chineses sem ter o que comer e os grandes consumidores americanos sem seus fast foods. A dependência de uma nação de alimentos importados a torna extremamente vulnerável, já que a nação sabia só exporta o excedente.

A FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) alertou que a produção de alimentos terá de aumentar em 70% até 2050 para suprir a expanção da população mundial, isso implica em mais tecnologia e mais segurança alimentar. Imaginem o que o adensamento da produção e disseminação de produtos alimentares pode trazer em termos de pragas e doenças?!!

O número de pessoas no mundo não para de crescer, estimasse que chegue a 9 bilhões em 2050. Mas, infelizmente, não se pode dizer o mesmo do total de áreas cultiváveis, de água potável e de outros recursos fundamentais para a sobrevivência humana. Diversos estudos mostram que mesmo com os avanços científicos nas tecnologias agrícolas só aumenta.

Mais uma vez fica clara a responsabilidade da nação e de seus governantes com a produção de alimentos “com segurança sanitária”.

Nesse contexto, estamos nós. Sanitaristas Rondonienses, com a responsabilidade de seguir em frente com a responsabilidade e o profissionalismo devido. Com austeridade e respeito ao homem do campo, com o devido compromisso com a sociedade. .

Saudações a todos!!

Fabiano Alexandre

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